O que é Blefarite, e como tratar?

Sinais e sintomas dos pacientes com blefarite:

• Olhos avermelhados;
• Pálpebras mais oleosas do que o natural;
• Fotofobia – sensibilidade à luz;
• Cílios grudados uns aos outros;
• Sensação de queimação nos olhos;
• Sensação de areia nos olhos;
• Descamação da pele ao redor dos olhos;
• Lacrimejamento constante;
• Perda constante de cílios.

Os pacientes podem ter queixas principalmente de coceira nas pálpebras e vermelhidão. A blefarite, especialmente posterior (DGM), pode levar a olho seco evaporativo deixando o paciente também com sensação de olho seco e vermelhidão ocular.

Mais informações: o óleo essencial de melaleuca é bastante estudado na oftalmologia sendo uma substância referência para o tratamento da blefarite (inflamação das pálpebras). Esse óleo além de poder antibacteriano para tratar as bactérias presentes nos cílios na blefarite anterior, também apresenta importante atividade contra o Demodex Foliculorum (ácaro). Esse ácaro é responsável por 30% dos casos de blefarites crônicas e acomete principalmente pessoas acima de 60 anos.

O higienizante ocular Blefos® foi desenvolvido baseado em evidências científicas associando o benefício da higiene ocular ao efeito terapêutico para blefarite do óleo de melaleuca.

O óleo de girassol é rico em ácidos graxos insaturados e vitamina E, possuindo grande potencial anti-inflamatório e antioxidante. Já o óleo de andiroba tem, além de grande poder anti-inflamatório, propriedades cicatrizantes.

O óleo de Rícino possui propriedades analgésicas, anti- inflamatórias, antioxidante, antimicrobiana e laxante. Além disso, este óleo é rico em ácido linoleico, vitamina E, ácidos graxos e sais minerais, possuindo grande poder de limpeza e hidratação da pele.

Outro mecanismo de melhora da blefarite e do olho seco evaporativo é a massagem ocular realizada durante a aplicação do Blefos® nas pálpebras e cílios. Essa massagem estimula a saída do meibomium (secreção que forma a camada lipídica do filme lacrimal) das glândulas de Meibomius, fazendo com que essas glândulas funcionem melhor e evitando o acúmulo ou a saturação dessa secreção. Essa massagem ajuda, então, na melhora da disfunção das glândulas de meibomium (DGM) ou também chamada de blefarite posterior.

33º Congresso de Oftalmologia Cearense

O evento foi realizado do dia 03 ao dia 05 de novembro de 2022 no Hotel Gran Marquise, tivemos mais de 400 médicos oftalmologistas inscritos, com palestrantes muito relevantes, proeminentes de várias regiões do País.

Grandes empresas da área de oftalmologia participaram do Congresso dentre elas a Natureye que fez o seu pré lançamento do produto DMRI ONE, específico para o tratamento da Degeneração Macular Relacionada a Idade.

O que é a DMRI e como tratar?

SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE

 

 

 

O que é DMRI?

A DMRI é uma doença degenerativa que acomete normalmente pessoas a partir dos 50 anos de idade. ‘‘O termo degeneração macular’’ refere-se à macula, que é a parte mais nobre da retina, responsável pela visão central. A DMRI caracteriza-se pela formação de depósitos sub retinianos chamados de drusas, que aparecem como pequenos pontos amarelos abaixo da retina. As drusas são remanescentes do metabolismo das células da retina, ou seja, é como se fosse o ‘‘lixo’’ que as células não conseguem eliminar.

A DMRI é a causa mais comum de perda da visão central em pessoas acima de 50 anos.

 

 

As pessoas com DMRI não sabem que têm degeneração macular até que tenham um problema na visão perceptível (quando a doença está mais avançada) ou tem o diagnóstico durante uma consulta de rotina com o oftalmologista.

A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma doença crônica, progressiva, bilateral e assimétrica que acomete a mácula e pode levar à perda irreversível da visão central. A DMRI é responsável por 8,7% dos casos de cegueira em todo o mundo, é a principal causa de cegueira irreversível e baixa visão nos países desenvolvidos.

A mácula é uma pequena região no centro da retina. Esta é a região afetada pela DMRI, por isso a perda de visão no centro do campo visual. As células sensíveis à luz da mácula, conhecidas como fotorreceptores, convertem a luz do campo visual em impulsos elétricos e, em seguida, transferem os impulsos para o cérebro através do nervo óptico. A perda da visão central na DMRI ocorre quando as células fotorreceptoras na mácula são degeneradas. Daí o nome degeneração macular relacionada à idade.

 

 

Os sintomas de DMRI são:

  • Perda visual progressiva;
  • Distorções visuais envolvendo predominantemente a visão central;
  • Visão com linhas onduladas e distorcidas;
  • Redução na intensidade ou das cores;
  • Dificuldade em reconhecer rostos.

A perda de visão central na DMRI pode interferir com atividades cotidianas simples, como a capacidade de ver rostos, ler, dirigir, escrever etc. Por isso, o impacto da DMRI na qualidade de vida dos pacientes pode ser alto, caso a doença não seja diagnosticada e devidamente tratada.

 

Quais as causas de DMRI?

Fatores hereditários aumentam a prevalência, e hábitos como tabagismo, doenças metabólicas e exposição à luz solar sem proteção podem desencadear ou agravar a doença.

 

Quais os fatores de risco para DMRI?

  • Idade;
  • Predisposição genética;
  • Exposição à luz solar;
  • Hipertensão;
  • Obesidade;
  • Ingestão de grandes quantidades de gorduras e dietas pobres em frutas e verduras;
  • Tabagismo (cigarro).

Quanto mais cedo a degeneração macular relacionada à idade for diagnosticada e tratada, maior será a chance de preservar a visão central. O paciente deve procurar regularmente o oftalmologista.

 

Qual o tratamento para DMRI?

Nos estágios iniciais, a DMRI não apresenta sintomas, mas algumas pessoas podem apresentar um embaçamento na visão central, especialmente durante as tarefas como leitura. Conforme a DMRI progride, algumas manchas escuras podem se formar no campo visual central. Na maioria dos casos, se um olho é afetado pela DMRI, o outro olho também irá desenvolver a doença. A extensão da perda da visão central varia dependendo do tipo de DMRI (seca ou úmida) e da rapidez para diagnóstico e início do tratamento.

 

O tratamento da DMRI depende da sua classificação:

 

  • DMRI seca: A DMRI seca é a forma mais comum de degeneração macular relacionada à idade e corresponde à cerca de 90% de todos os casos. Normalmente a DMRI seca não necessita de tratamento específico. Ela é causada pelo envelhecimento e degeneração da região da mácula. Algumas formas de DMRI seca podem se beneficiar em uso contínuo de suplemento de vitaminas antioxidantes para diminuir o risco de evolução para a forma da DMRI exsudativa. Os pacientes com DMRI seca devem estar alerta aos sinais de gravidade e o autoexame com a tela de amsler pode ajudar a detectar precocemente possível evolução para a forma exsudativa.
  • DMRI exsudativa ou úmida: a DMRI exsudativa representa cerca de 20% dos casos de degeneração macular relacionada à idade. Deve ser tratada com injeções intravítrea de antiangiogênico (Lucentis ou Eylia). São realizadas injeções mensais por, no mínimo, 3 meses, sendo necessário, muitas vezes, um período prolongado de tratamento com essas injeções.

Figura 1- Região circulada é a mácula.

 

Estudo AREDS 2

Pela importância e impacto dessa doença, que é a principal causa de cegueira central nos Estados Unidos, vários estudos têm procurado avaliar a efetividade de tratamentos para a DMRI. O National Institute of Health dos Estado Unidos (NIH) patrocinou o ensaio clínico Aged-Related Eye Disease Studies (AREDS) que foi um estudo multicêntrico, duplo-cego e randomizado. Esse estudo buscou avaliar o possível benefício do uso de suplementos nutricionais para DMRI. Foram avaliados 4.757 pacientes e acompanhados por 6 anos. Todos esses pacientes eram portadores da fase intermediária e avançada de DMRI.

Ao final do estudo AREDS foi observado que houve diminuição de 25% da progressão da fase intermediária para a avançada de DMRI. Foi verificado ainda uma redução do risco de diminuição da visão em 19% em comparação com o grupo que consumiu placebo. Esse resultado demostra a importância da indicação dessa formulação (AREDS) para pacientes com DMRI em fase intermediária.

Entre 2006 e 2012 foi realizado o estudo AREDS2 com 4.203 pacientes entre 55 e 80 anos de idade.  O estudo AREDS 2 demonstrou a mesma diminuição do risco de progressão para a DMRI avançada que o estudo AREDS (25%).

 

LINK para o estudo AREDS 2:  

https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1684847

 

DMRI tem cura?

A DMRI não tem cura. O tratamento deve ocorrer o mais cedo possível para melhorar ou minimizar a perda visual.

A DMRI é uma condição ocular que não tem meios de reversão, mas possui formas de controle da evolução da doença. Dessa forma, retardar a progressão é uma das principais metas do tratamento.

Procure seu médico oftalmologista.

 

Referências

 

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